Nos interessamos por usar e abusar do que chamamos de ESTADO DE PRAIA, e celebrar, com alegria, a beleza de todos os corpos.
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Histórico
Criado a partir da convocação do Edital Pau Brasil – Programa Murilo Mendes/Funalfa – Prefeitura de Juiz de Fora – MG, PRAIA nasce num contexto de demarcação dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.
A partir de alguns interesses específicos em relação aos conceitos levantados pelo Manifesto Pau Brasil, lançado à época da Semana, o trabalho propõe um olhar sobre a cidade e seus hábitos. Considerando a influência que as cidades litorâneas operam no imaginário social e no campo dos desejos da população da cidade de Juiz de Fora, PRAIA levanta as perguntas: como os juiz-foranos e juiz-foranas lidam com a exposição e a diferença entre os corpos? O que permitem(se) ou não aqui e em suas viagens de férias? Ao recriar esse espaço gratuito e democrático de fruição do sol e da areia do litoral para Juiz de Fora, o projeto propõe um deslocamento de interesse da observação do mar para a observação da paisagem urbana e seus protocolos de comportamento.
Sua primeira apresentação causou grande repercussão virtual local e nacional envolvendo questões morais e políticas. Os artistas e a própria prefeitura foram alvo de ataques e ameaças até o ponto de o trabalho ter sua segunda apresentação prevista no edital suspensa por ordem pública. Fechando seu compromisso com o edital PAu Brasil, PRAIA segue agora seu caminho caminho através da criação de novas parcerias com artistas, instituições e simpatizantes às causas em que toca, ligadas ao questionamento de padrões de beleza que excluem corpos considerados dissidentes por razões de LGBTQIA+fobia, gordofobia, racismo, etarismo, capacitismo, machismo e outras violências.
Como primeira ação nesse sentido criamos o BIQUINAÇO DO PRAIA, que em suas edições reuniu centenas de pessoas, envolvendo público e artistas em roupas de banho pelas ruas da cidade.