(FOR ENGLISH, PLEASE SCROLL DOWN)
Ontem fui atravessada por algo invisível e me reconheci em estado de nada. Plena e vazia. Imóvel. Contaminada de impossibilidades.
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Era uma vez em que nada mais era. DE NOVO propõe uma situação cênica construída pela presença da naturalidade de um corpo nu, com suas marcas de história visíveis. A partir da relação que estabelece consigo mesmo e com as pessoas do público, esse corpo experimenta outros de si em ciclos de nascimentos e mortes se confundem e se alimentam, investigando eroticamente o “nada” e o “novo” e maneiras de acessá-los.
Concepção e performance: Leticia Nabuco
Voz na trilha: Antônio Nabuco
Colaborações no processo de criação: Juliana França, Raíssa Ralola e Israel Alves
Som: Mariá Portugal (edição) e Bruno dos Santos (captação de áudio)
Fotos: Camila Picolo e Igor Visentin
Vídeo: Leo Nabuco
Assistência de produção: Tiago Gandra
realização: Diversão & Arte Espaço Cultural
Agradecimentos: Igor Visentin, Juliana França e Leo Nabuco
Duração: 35 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
facebook: HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/DENOVO.LETICIANABUCO/
Pesquisa e processo de criação:
Em DE NOVO interessam ciclos de nascimentos e mortes que se confundem e se alimentam, investigando o “novo” e maneiras de acessá-lo. A simplicidade e complexidade do corpo humano e alguns de seus possíveis erotismos surgidos das sensações de estar consigo e de estar em relação com o outro.
No desenrolar desses ciclos, o diálogo se dá através de muitas e diferentes maneiras, em camadas sutis que constroem o movimento e, portanto, nos constroem.
Nesse caminho perguntamos: Como construir e realmente habitar um mundo mais artístico, como pensar em processos de educação interessantes e abertos, como destruir/reagir frente o gasto e pisado? Como não endurecer e deixar vir o fresco, o broto? Como dar um salto na procura de estéticas e eróticas diferentes das recorrentes, que apontem outros caminhos em alternativa aos seguros e conhecidos?
Em DE NOVO, o espaço desempenha importante papel nessa busca, enquanto ambiente, meio capaz de exercer influência. Cria-se um certo espaço, que permita que algo aconteça. Cria-se também um certo tempo, diferente do tempo pragmático do cotidiano (que procura no virtual e na aceleração da velocidade vencer o espaço físico e suas distâncias), que favoreça a percepção desse espaço físico, e para que se perceba quando (o) nada está acontecendo. (O) Nada é insignificante, mas (o) nada existe. (O) Nada permite que coisas frescas, de novo, aconteçam.
Na voz de uma criança, a trilha do trabalho descreve a ficção de um certo “era uma vez”, uma vez em que “não havia mais nada. Nadinha”.
As presenças bem próximas do público interferem e compõem a coreografia gerando movimentos de espelhamento e deglutição alternados a vazios e pausas. A investigação coreográfica propõe movimentos viscerais, partindo de conceitos oriundos do Sistema Laban/Bartenieff, tais como a proposta de observar partindo do observado e a experimentação de Shadow Movements e da chamada Forma-Fluxo.
Em uma segunda parte do trabalho o público é convidado a penetrar na obra a partir de um olhar crítico/reflexivo em um exercício de escrita, criação compartilhada e conversa.
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afresh (2013)
yesterday I was crossed by something invisible and saw myself in a state of nothingness. complete and empty. motionless. infected by impossibilities.
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ONCE UPON A TIME IN WHICH WAS NOTHING MORE. afresh PROPOSES a COLLECTIVE EXPERIENCE OF the WHITE AS a symbolic/ aesthetic ENTRANCE DOOR TO GET TO THE FINDINGS about IS OR MAY BE fresh.